Esta é música da boa! A Suécia está na linha da frente
quando se trata de melodias potentes e cruas. Voltemos aos anos 90, quando tudo
começou. As bandas Suecas e Finlandesas começaram a usar riffs com um sabor a
grindcore e a pôr elementos progressivos nas músicas. Assim nasceu o movimento
metal de Gotemburgo e desse movimento mais uma banda se elevou – os Chugger. A
exaltar o clima rigoroso da Suécia e a partilhar uma tradição de death metal
melódico com o groovy Americano, estes metaleiros de Gotemburgo não podiam
entrar por outros caminhos a não ser os que já haviam sido traçados por forças
como ‘In Flames’, ‘Dark Tranquility’, ‘At the Gates’ e bandas mais recentes
como ‘Arch enemy’.
A fusão do death Sueco com o Groove Americano é feita de tal
forma que se torna difícil caracterizar o estilo dos Chugger. Em vez de uma
união heterogénea dos dois géneros musicais extremos, temos uma mistura concisa
e coerente, tal e qual gémeos siameses. Isto faz da banda uma experiência da
qual não é possível separar nem o death nem o groove, mas sim uma construção
única de death melódico cheio de “pica” (entenda-se ritmo). Claro que não se
pode também separar o elemento progressivo do som, pois está inevitavelmente lá
– nas variações constantes da música.
Ao esmiuçar o novo trabalho do quinteto Sueco, o álbum
‘Human Plague’, uma praga sonora pronta a rebentar no 1º dia de Abril de 2015,
torna-se bem clara a razão pela qual estes “brutamontes” se inspiram nas
fundações de Gothenburg e pelas regiões mais obscuras da mente humana. Carrega-se
no play e entra ‘ The Grid’, a primeira batida deste trabalho, com um som bem
vincado. Identifica-se logo o death melódico, os ritmos groovy, as riffs que
ficam no ouvido e os guturais bem puxados. Temos também algumas passagens sem
distorção, como se pode ouvir na abertura da segunda faixa ‘Virus’, que perde
esse elemento limpo e adquire um toque mais progressivo ao longo da música. Depois destas batidas a banda continua focada nestes elementos e não experimenta muita mudança.
Pena que tenha de dar alguns comentários negativos a um
trabalho que no geral até apresenta uns aspetos porreiros. Se por um lado a
banda conseguiu criar um som bastante próprio, cheio de energia e bem focado,
por outro não foram capazes de quebrar a monotonia em que somos lançados ao
longo das 11 faixas. Apesar do elemento progressivo das músicas (que variam em
si mesmas), não há grande variação a nível global, ou seja, no seu todo o álbum
não muda muito com o passar do tempo. Os ritmos tornam-se fustigantes, as
melodias caem no esquecimento, os vocais são repetitivos.
Para concluir o ‘Human Plague’ é um álbum que me deixa um
bocado desiludido, pois só ultrapassa o primeiro ‘Scars’ em termos de qualidade
de som, sendo que de resto permanece na sua sombra. Na minha opinião o fator
que fez a banda perder a chama inicial foi terem optado por demasiadas
composições, 11 faixas é muita sopa para quem não tem um grande estômago. Ainda
assim, valeu o esforço. Existem aqui alguns sons potentes e outros não tão
bons, mas no total está razoável. É agradável de ouvir e bom para abanar a
cabeça.
One melee with the words, ideas and its paradoxes... albuns that are news, the reviews at "HeavyHardMetalmania.net", always with its watermark, Pedro Ribeiro, with love for beer... sorry, music from an early age, he studied piano and singing from 7 to 14 years, then, devoted himself to the study of the guitar for 5 years. "The wisdom is found in the extremes, all extreme Metal here!"
01 - The Grid 02 - Virus 03 - Rust 04 - Never Alone 05 - Feed The Fire 06 - Ignorance Divine 07 - Five Feet Down 08 - Cut Out From Hell 09 - The Pendulum Swing 10 - Endgame 11 - Human Plague |
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